Resenha : Noite das bruxas -Agatha Christie



Fala nerds, adoro os livros da Agatha christie e o "Noite das bruxas" foi o primeiro que li da autora; o li novamente no começo de setembro (sim, resenha atrasadíssima), e decidir  lê-lo novamente pois, foi  um dos livros que marcou o começo da  minha aventura pelo mundo da literatura policial. Então desfrute de uma resenha simples e  sem spoiler. ;)





   No vilarejo de Woodleigh Common (Inglaterra), uma festa de Halloween é organizada, na casa da Senhora Rowena Drake. Entre os convidados, está Ariadne Oliver, autora de romances policiais, que incita a curiosidade e imaginação das crianças e jovens lá presentes. Durante os preparativos da festa, Joyce Reynolds, uma garota de 13 anos, afirma publicamente já ter presenciado um assassinato. Ninguém acredita, porque ela era famosa por suas mentiras. Porém, no meio da festa, Joyce é assassinada. 
Chocada com o crime, Ariadne procura Poirot, e pede-lhe que a ajude a descobrir o culpado.

   Publicado pela primeira vez em 1969, sendo uma das últimas obras da escritora, noite das bruxas é um livro que lhe prende a tenção, pois se trata de um crime ocorrido com uma criança que supostamente presenciou um crime de assassinato, porém, a veracidade do ocorrido a todo momento é dado como falso, por ser conhecida como uma mentirosa patogênica. 
   Confesso que conforme fui lendo o livro, acreditava que ela realmente o tinha presenciado, contudo, todos os demais personagens da história, os que vivem na cidade, dizem que Joyce era mentirosa e teria sido assassinada por um louco com inclinação assassina, que tivesse entrado na festa e  visto a oportunidade para tal ato. 
    Hercule Poirot, vai investigando o crime sem o leitor perceber quem o cometeu,  o que mais achei interessante na investigação,  foi o recolhimento de dados dos crimes anteriores ao da morte de Joyce, para ver se o assassino dela estava presente na festa ou teve um ajudante, ou se de fato ela realmente tenha o visto. 
   Algo que deve-se levar em conta é a época em que foi escrito, visto que nos meados do século 20 não era muito comum crimes mesquinhos, por apenas interesses que hoje estamos acostumados a ver, como "ele não gosta de mim" ou "se ela não pode ficar comigo, não vai ficar com ninguém" por exemplo (aqueles crimes que passam no noticiário, se os ingleses de 69 vissem ficariam chocados). 
  O enredo gira em torno da comunidade e os policiais pensarem que o crime foi sexual, ou que era apenas alguém fascinado em cometar assassinatos, nada com um proposito ou algo há mais, e descreditando a vítima de ter visto um crime. Ao final do livro, os policiais acham uma loucura (ficam chocados) quando Poirot dá a solução do crime e a motivação, respostas simples e que se encaixam nas personalidades dos acusados. 
   Alguns personagens não chamam a tenção, passam até despercebidos e nem são muito desenvolvidos, em contra partida, são essenciais para o desenrolar da história. O livro é de fácil leitura e o desenrolar em algumas partes são um pouco lentos e em outras, principalmente no final, foram rápidos, como se fosse para o livro acabar de uma vez, foi como se jogasse tudo de uma vez, nos capítulos finais.
 Deveras, é uma leitura agradável  e vale apena ler e ver como na década de 60 (um pouco depois da 2º guerra mundial) as pessoas pensavam sobre a criminalidade local ,acreditando  que um crime era apenas cometido por pessoas com algum distúrbio. 

Umas das diversas capas do livro. 

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